Obrigar cinemas a exibir filme brasileiro é uma violência do poder público sobre uma atividade privada.
Decretos autoritários podem obrigar a exibi-los. Não podem obrigar o público a seguir essas ordens.
? Estaríamos de volta aos anos 1970 , em plena ditadura militar e quando, então, se culpava – melhor(pior),massacrava – os exibidores pelo fato de o cinema brasileiro não ser visto ? basta rever os filmes da época e se constatará a porcaria --tirante 2 ou 3 exceções, não mais -- que eram.
Não são os exibidores que fazem a qualidade da produção nacional, nem a obrigatoriedade de exibição fará do cinema que se produz no Brasil obra de qualidade. Quem determina a qualidade do filme brasileiro é quem o faz – e são poucos,muito poucos(entre cineastas,roteiristas,montadores,fotógrafos,atores,etc) aqueles que o fazem bem.
O cinema brasileiro precisa de mais público, sustentam os arautos de um ‘nacionalismo cultural’—mas também precisa, antes, de apuro qualitativo.
Um aspecto chama a atenção no ranking de 2007 :o aumento considerável do total de estréias brasileiras -- um crescimento de nada menos que 72% na quantidade de lançamentos nacionais .
Só que o aumento no número de filmes brasileiros produzidos não levou a um crescimento relevante de seu público: 83% dos filmes lançados tiveram um público inferior a 50 mil espectadores – e só 2 ‘blockbusters caboclos’: “A grande família” e “Tropa de elite”.
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