sábado, 15 de dezembro de 2007

a esperança não é "a última que morre", a esperança é imortal



Caixa de Pandora é uma expressão utilizada para designar qualquer coisa que incita a curiosidade mas que é preferível não tocar , cuja origem está no mito grego da primeira mulher, Pandora, que por ordem dos deuses abriu um recipiente (diz-se ter sido ora uma panela, ora um jarro, um vaso, ou uma caixa tal como um baú…) onde se encontravam todos os males que desde então se abateram sobre a humanidade, permanecendo no fundo do recipiente somente aquele que destruiria a esperança.Pandora seria assim a mulher criada por Zeus como punição aos homens pela ousadia do titã Prometeu em roubar aos céus o segredo do fogo.Em sua criação os vários deuses colaboraram com partes; Hefestos moldou sua forma a partir de argila, Afrodite deu-lhe beleza, Apolo deu-lhe talento musical, Deméter ensinou-lhe a colheita, Atena deu-lhe habilidade manual, Poseidon deu-lhe um colar de pérolas e a certeza de não se afogar, e Zeus deu-lhe uma série de características pessoais, além de uma caixa, a caixa de Pandora.

…Filho de Jápeto, sobre todos hábil em suas tramas, apraz-te de furtar o fogo fraudando-me as entranhas; grande praga para ti e para os homens vindouros! Para esse lugar do fogo eu darei um mal e todos se alegrarão no ânimo, mimando muito este mal’. Disse assim e gargalhou o pai dos homens e os deuses; ordenou então ao início Hefesto muito velozmente terra à água misturar e aí pôr humana voz e força, e assemelhar de rosto às deusas imortais esta bela e deleitável forma de virgem; e a Atena ensinar os trabalhos, o polideláleo tecido tecer; e à áurea Afrodite à volta da cabeça verter graça, terrível desejo e preocupações devoradoras de membros. Aí pôr espírito de cão e dissimulada conduta determinou ele a Hermes Mensageiro Argifonte. Assim disse e obedeceram Zeus Cronida Rei. …Fala o arauto dos deuses aí pôs e a esta mulher chamou Pandora, porque todos os que têm olímpia morada deram-lhe um dom, um mal aos homens que comem pão. E quando terminou o íngreme invencível ardil, a Epimeteu o pai enviou o ínclito Argifonte veloz mensageiro dos deuses, o dom levando; Epimeteu não pensou no que Prometeu lhe dissera jamais dom do Olímpio Zeus aceitar, mas que logo o devolvesse para mal nenhum nascer aos homens mortais. Depois de aceitar, sofrendo o mal, ele compreendeu. Antes vivia sobre a terra a grei dos humanos a recato dos males, dos difíceis trabalhos, das terríveis doenças que ao homem põe fim; mas a mulher, a grande tampa do jarro alçado, dispersou-os e para os homens tramou tristes pesares. Sozinha, ali, a Expectação em indestrutível morada abaixo da bordas restou e para fora não voou, pois antes repôs ela a tampa no jarro, por desígnios de Zeus porta-égide, o agrega-nuvens. Mas outros mil pesares erram entre os homens; plena de males, a terra, pleno, o mar; doenças aos homens, de dia e de noite, vão e vêm, espontâneas, levando males aos mortais, em silêncio, pois o tramante Zeus a voz lhes tirou. Da inteligência de Zeus não há como escapar!...





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