domingo, 12 de maio de 2013
MÃE -- em MACHADO, em ALENCAR
Mãe... por Machado de Assis
justamente sua primeira tradução (Machado foi um senhor tradutor, dos melhores e mais criativos que a literatura brasileira já teve : em sua concepção avançadissima de tradução, praticou ,antecipador, a ‘transcriação’—que somente adquriria ‘status’ contemporâneo com os irmãos Campos...
Minha mãe
(imitação de Cowper *)
Quanto eu, pobre de mim! quanto eu quisera
Viver feliz com minha mãe tambéml
C.A.de Sá
Quem foi que o berço me embalou da infância
Entre as doçuras que do empíreo vêm?
E nos beijos de célica fragrância
Velou meu puro sono? Minha mãe!
Se devo ter no peito uma lembrança
É dela que os meus sonhos de criança
Dourou: - é minha mãe!
Quem foi que no entoar canções mimosas
Cheia de um terno amor - anjo do bem
Minha fronte infantil - encheu de rosas
De mimosos sorrisos? - Minha mãe!
Se dentro do meu peito macilento
O fogo da saudade me arde lento
É dela: minha mãe.
Qual anjo que as mãos me uniu outrora
E as rezas me ensinou que da alma vêm?
E a imagem me mostrou que o mundo adora,
E ensinou a adorá-la? - Minha mãe!
Não devemos nós crer num puro riso
Desse anjo gentil do paraíso
Que chama-se uma mãe?
Por ela rezarei eternamente
Que ela reza por mim no céu também;
Nas santas rezas do meu peito ardente
Repetirei um nome: - minha mãe!
Se devem louros ter meus cantos d'alma
Oh! do porvir eu trocaria a palma
Para ter minha mãe!
[* William Cowper(1731-1800), poeta inglês
in A Marmota Fluminense,2 setembro 1856]
____________________
Mãe... por José de Alencar
Alencar foi ótimo dramaturgo – criador de 8 peças de alta qualidade e muitas delas carregadas de elementos significativos quanto a questões sociais, morais e psicológicas (teve a peça “As asas de um anjo”,1858, proibida pela censura, considerada “imoral”[sic], três dias após a estréia') : “Verso e reverso”,1857; “O crédito”, 1857; “O demônio familiar”, 1857; “ As asas de um anjo”, 1858; “Mãe”, 1860; “O que é o casamento?”,1861; “A expiação”, 1867; “O jesuíta”, 1875; e a opereta ““A noite de São João”.
[aliás, Alencar – como muito já expus em artigos, ensaios,palestas,entrevistas,etc – é autor que obrigatoriamente requer estudos cada vez maiores, intensos, expansivos e freqüentes, tanto seus inesgotáveis talento e criatividade – e tantas as características absolutamente notáveis (e ‘ousadas’) por exemplo.de seus romances [comentarei isso em outra oportunidade]
--a peça “Mãe”
http://letterabrasilis.blogspot.com.br/2013/05/mae-de-jose-de-alencar_11.html
justamente sua primeira tradução (Machado foi um senhor tradutor, dos melhores e mais criativos que a literatura brasileira já teve : em sua concepção avançadissima de tradução, praticou ,antecipador, a ‘transcriação’—que somente adquriria ‘status’ contemporâneo com os irmãos Campos...
Minha mãe
(imitação de Cowper *)
Quanto eu, pobre de mim! quanto eu quisera
Viver feliz com minha mãe tambéml
C.A.de Sá
Quem foi que o berço me embalou da infância
Entre as doçuras que do empíreo vêm?
E nos beijos de célica fragrância
Velou meu puro sono? Minha mãe!
Se devo ter no peito uma lembrança
É dela que os meus sonhos de criança
Dourou: - é minha mãe!
Quem foi que no entoar canções mimosas
Cheia de um terno amor - anjo do bem
Minha fronte infantil - encheu de rosas
De mimosos sorrisos? - Minha mãe!
Se dentro do meu peito macilento
O fogo da saudade me arde lento
É dela: minha mãe.
Qual anjo que as mãos me uniu outrora
E as rezas me ensinou que da alma vêm?
E a imagem me mostrou que o mundo adora,
E ensinou a adorá-la? - Minha mãe!
Não devemos nós crer num puro riso
Desse anjo gentil do paraíso
Que chama-se uma mãe?
Por ela rezarei eternamente
Que ela reza por mim no céu também;
Nas santas rezas do meu peito ardente
Repetirei um nome: - minha mãe!
Se devem louros ter meus cantos d'alma
Oh! do porvir eu trocaria a palma
Para ter minha mãe!
[* William Cowper(1731-1800), poeta inglês
in A Marmota Fluminense,2 setembro 1856]
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Mãe... por José de Alencar
Alencar foi ótimo dramaturgo – criador de 8 peças de alta qualidade e muitas delas carregadas de elementos significativos quanto a questões sociais, morais e psicológicas (teve a peça “As asas de um anjo”,1858, proibida pela censura, considerada “imoral”[sic], três dias após a estréia') : “Verso e reverso”,1857; “O crédito”, 1857; “O demônio familiar”, 1857; “ As asas de um anjo”, 1858; “Mãe”, 1860; “O que é o casamento?”,1861; “A expiação”, 1867; “O jesuíta”, 1875; e a opereta ““A noite de São João”.
[aliás, Alencar – como muito já expus em artigos, ensaios,palestas,entrevistas,etc – é autor que obrigatoriamente requer estudos cada vez maiores, intensos, expansivos e freqüentes, tanto seus inesgotáveis talento e criatividade – e tantas as características absolutamente notáveis (e ‘ousadas’) por exemplo.de seus romances [comentarei isso em outra oportunidade]
--a peça “Mãe”
http://letterabrasilis.blogspot.com.br/2013/05/mae-de-jose-de-alencar_11.html
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