Mauro Rosso
Caixa de Pandora(mulher criada por Zeus como punição aos homens pela ousadia de Prometeu em roubar aos céus o segredo do fogo), uma expressão originalmente utilizada para designar qualquer coisa que incita a curiosidade , aqui tem o intuito nada misterioso ou secreto de ,aberta a urna, fazer aflorar os mais instigantes temas culturais. a)Mauro Rosso
desnecessário e dispensável explicar a importância do leitor para que se produza um texto,ou uma obra -- a Literatura ,como "sistema orgânico" (conforme a concepção formulada Antonio Candido)só existe e se faz se a um autor\emissor houver a derradeira instância do leitor\receptor,travando-se um diálogo in absentia e estabelecendo interatividade [ aqui mesmo,neste espaço,busca-se essa sinergia, a almejada simbiose que em diversas nuances pode oferecer ,a
sim, porque há leitores e leitores. existe o leitor empírico,aquele que de fato está lendo o texto ou a obra , que não é necessariamente aquele a quem o texto ou a obra se endereça, aquele que o autor tem em mente ao escrever.Umberto Eco,em Seis passeios pelos bosques da ficção afirma que todo texto "é uma máquina preguiçosa pedindo ao leitor que faça uma parte de seu trabalho", daí existindo um leitor pressuposto para o texto ou a obra, e adota o termo leitor-modelo, um leitor com determinada soma de informações,conhecimentos,crenças e expectativas que passa a participar da construção e da tecelagem do texto ou da obra. ao leitor-modelo umbertiano integra-se ,como agente simétrico, o autor-modelo --- a voz anônima que conta a história,mas não se confunde com o narrador,nem com o autor.
o que quero dizer com tudo isso ? conclamar e reunir leitores empíricos,leitores-modelo e autores-modelo.e dizer que vc. também é autor dessas linhas que se desenham nesta Caixa de Pandora --fadada a criar esses mecanismos inferenciais.
Mauro Rosso
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