sábado, 14 de janeiro de 2012

diálogos de lima barreto com machado de assis



Ambos cases primordiais de meus estudos literários, Machado de Assis e Lima Barreto trocam instigantes diálogos, em sucessivos encontros em diversos locais, num exercício ‘híbrido’ de ficção – nãoficção que ando a idealizar (quem sabe, torne-se uma obra...).

Iniciados ficticiamente na rua do Ouvidor no ano de 1906,desdobrados em sequência em outros momentos (até 1908: ano da morte de Machado) e locais, com interferência descritiva e comentada de um narrador (em primeira pessoa – no caso, eu), os diálogos ‘ganham vida’ como resultante de estudos e investigações acerca das relações entre os dois grandes autores,não propriamente pessoais porquanto nunca se encontraram nem se falaram muito menos trocaram correspondência ou debates – relações perfeitamente existentes na ‘seara comum da literatura’, ambos verdadeiros ‘parentes literários’, nas quais é possível detectar , por certo predominantes, diferenças e divergências , mas também muitos elementos comuns e pontos de contato[escrevi artigo a respeito,já veiculado aqui] – ambos de comum origem étnica e social, ambos valendo-se da literatura como manifestação mais legítima para expressar suas respectivas posições perante a vida, ambos críticos vigorosos da República, ambos satíricos,sarcásticos, alegóricos -- inclusive muito respeito, admiração e elogios por parte de Lima para com Machado.

os diálogos

---- como vai, mestre Machado ? prazer em encontrá-lo...só poderia mesmo ser aqui em plena rua do Ouvidor... veio da Garnier? [do ‘herdeiro’ do “Bom Ladrão Garnier”?...]

--meu caro Afonso Henriques, malgrado sua pilhéria, tão contumaz quanto desnecessária, [com relação ao livreiro], acreditaria fosse verdade o prazer que menciona se tivesse eu a mente alterada ou em estado de certo desequilíbrio; mas sinto satisfação em vê-lo aqui, um tanto surpreso, é claro, pois raríssimas vezes o vi e muito menos cá na Ouvidor, que sabemos não é o comum em sua freqüência ou trânsito..

-- ...se a mente alterada, emérito mestre, ou se deixasse de lado, pelo menos por um instante, seu já proverbial ceticismo, no caso com relação a um real sentimento que externo em sua presença.

- solicito o obséquio de dispensar esse detestável tratamento de “mestre”,que soa bastante irônico, assim creio.

Tinha plena consciência de que tudo isso que me ponho a escrever possa parecer algo onírico ou fantasioso, até mesmo delirante; poderia mesmo formulá-lo qual um sonho, um curioso sonho, um esplendoroso sonho, a que por certo todo escritor, estudioso e pesquisador,ou quem lida nas letras – ainda mais quando se idealiza ensaios sobre Machado, Lima (e Alencar, Euclides, etc ) – está propenso, quiçá desejoso,a isso. Mas confiro a estes escritos as forma e formato de ficção, de exercício ficcional : o que me inspira e leva a tal ? serei bem sucedido ? Bem, de qualquer modo registro-o por inteiro, em seus vários desdobramentos – a quem interessar possa...

-- não tenho a tenção de lhe desagradar, prezado confrade , permita-me chamar-lhe assim, pois afinal o somos pela atividade comum na imprensa, eu um ainda iniciante, aprendiz, discípulo por certo do senhor, consagrado cronista de tantas e tantas décadas e tantas e tantas memoráveis páginas em nossas folhas.

-- mas pelo que sei, e li, o senhor já possui uma razoável, e peculiar a meu gosto, trajetória na imprensa, iniciada há seis anos, não é isso ? naquele jornalzinho, perdoe-me o diminutivo, não é depreciativo, meramente ilustrativo de seu formato e característica, de estudantes...

-- sim, e guardo ótimas recordações daquele tempo... o senhor conheceu meu primeiro artigo, dirijo-me ao maestro Francisco Braga, seu dileto amigo,estou certo ? que inclusive apresentava-se com frequência, e sucesso, no Club Beethoven, de sua especial predileção e assiduidade, não ? lá, me lembro de uma crônica sua, de 5 abril 1888, o Ferreira Vianna, então ministro da Justiça no Gabinete João Alfredo, discursara em 24 março já anunciando a inevitável abolição, que viria em maio, estou correto ?

Em meio ao diálogo dos dois, que dava-se em 1906, numa tarde ensolarada de agosto no ameno inverno carioca, lembrei-me de que Lima, com efeito, iniciara-se como jornalista há apenas seis anos ,no modesto A Lanterna, pequeno jornal de estudantes(à época, ainda estudava na Escola Politécnica) --"órgão oficioso da mocidade de nossas escolas superiores” -- fundado por Júlio Pompeu de Castro e Albuquerque, onde também colaborava Bastos Tigre.O artigo debutante a que Lima se refere, publicado em dezembro de 1900 , reporta a “um magnífico e interessante concerto sinfônico”, o primeiro de Francisco Braga, e enaltece a formação erudita do maestro e o saúda como “um formoso talento musical que se evidencia, à força de extraordinária cultura, e honrará a pátria”. -- inclusive eu acabei por assumir o posto de bibliotecário do saudoso Clube, e sempre me encontrava, com imenso prazer, com o Braga : que belas conversas tínhamos,e foi lá que ele pela primeira vez me falou do desejo de vir a musicar meu poema “Lágrimas de cera”, o que veio a fazer em 1893. e pensar que três anos depois o Beethoven fecharia de vez suas portas

-- lembro que o senhor publicou uma crônica,em 5 julho 1896, na Gazeta de Notícias, tratando de música em geral, na qual menciona com emoção o Club.

-- pois então, recordo agora de um fato muito importante :muito lutei para que as mulheres pudessem freqüentar o Club. Sabe o senhor que musas ou virtuosas, aqueles anos não eram fáceis para as mulheres talentosas e nem para as sedentas de cultura e informação. . Era o caso de Luisa Leonardo, bisneta da Viscondessa de Nassau e o próprio imperador Pedro I custeou seus estudos musicais em Paris, tamanho o vituosismo e a precocidade dela , se apresentara ao piano aos 8 anos de idade e em 1880 tornou-se pianista oficial da Real Câmara de Luis I em Lisboa. De volta ao Brasil, foi prestigiada pela intelectualidade da época, mas não encontrou espaço como musicista. Por isso passou a dedicar-se ao teatro musicado, ao lado de Chiquinha Gonzaga, e a contribuir para A Gazetinha com o pseudônimo de Vítor Luis. onde pretendo chegar: para ela, escrevi "paroles françaises" a compor sua canção "Inocência", com letra em português do Louis Guimarães Junior .

Ton âmeau ciel

Au sein dans ton sein

Ma bien aimé

Tu as la sainte

La sainte pudeur...

-- e também me consta que “inocência”, aliás acoplado a “culpa” parecem-me tema capital em boa parte de sua ficção, não ? e vieram inclusive ‘moldar’ a magnífica, assim penso, Capitu, mas esse binômio digamos veio inspirar essa sua parceria com o maestro Braga no "Lágrimas de cera", pois não ?

Citam o poema, e me vem aos ouvidos a letra machadiana e a música criada por Braga, cantadas pela mezzosoprano brasileira Anna Maria Kieffer., registradas numa primorosa edição sonora que não deixo de costumeiramente ouvir, gratificado, embevecido.Por outro lado, à referência feita por Machado acerca das “paroles françaises” sinto quase um sobressalto – pois ainda não logrei fazer publicar (apesar de as Universidade do Porto, Université de Rennes e University of Bristol terem se interessado...) -- meu trabalho sobre “Machado de Assis e os franceses”, na verdade um estudo de Literatura Comparada machadiana a compor um conjunto com as influências,citações, referências e recorrências portuguesas, inglesas, saxônicas, alemães e russas em sua obra.

-- mas vejo que o senhor me conhece bem, e apesar de muitas diferenças, notórias, essenciais, eu diria até orgânicas, entre nós, interessa-se, ou interessou-se em alguns momentos, por minhas criações...

--- por isso o chamo de mestre... oh, desculpe-me, um lapso ...

-- o senhor sempre preferiu essa, digamos, ‘imprensa menor’, não ? ... haja vista o que fez depois desse início.

-- ah, sim,vieram ainda em 1902(nesse ano fui reprovado em Mecânica na Escola Politécnica) A Quinzena Alegre, do Bastos Tigre de efêmera duração,depois em 1903 no Tagarela, jornal humorístico de Raul Klixto, onde usei meu primeiro pseudônimo, também os tive , e muitos, como aliás o senhor, Rui de Pina , e em O Diabo, semanário do Bastos Tigre,que só durou quatro números...e meu plano é vir a criar minha própria publicação, saiba o senhor. a propósito : nunca pensou em algo assim ?

-- ah, certa feita o Ferreira de Araújo, lá na própria Gazeta de Notícias, começou a insistir comigo , repetidas vezes, para tal, mas eu sempre recusei. Voltemos ao senhor : idealista como é; tranqüilize-se que não vou dizê-lo ‘sonhador’, quando muito proclamo-o ‘visionário’... mas em 1905 o senhor escrevia no grande Correio da Manhã, no qual a proposto nunca tive vontade de publicar , ainda mais depois da experiência de meu dileto amigo e companheiro no Ministério [da Viação,Indústria e Obras Públicas],e também um de meus mais severos,embora amigável, críticos...

À medida que aquela conversa magicamente onírica se desdobrava, eu lembrava e incorporava, a cada palavra deles, registros e mais registros biográficos, bibliográficos, literários, etc de um e de outro Veio-me a recordação\referência ao episódio, bastante significativo diga-se, tanto do Correio da Manhã, como do cronista,poeta,contista,criador de teatro : o conto “A viúva” foi enviado por Arthur Azevedo ao jornal, onde escrevia aos domingos, para concorrer a um prêmio em dinheiro e à vaga aberta , devido à decisão da direção do jornal de substituí-lo por outro colaborador, instituindo um concurso ; assinado por pseudônimo, o conto foi dado como vencedor e publicado, mas então Arthur revelou o estratagema à direção, deixando claro que interesses subalternos ou julgamentos equivocados estavam por trás da decisão de defenestrá-lo da redação; devolveu o prêmio e pediu demissão “irrevogável”.

-- fui para o Correio levado pelo Pausílipo da Fonseca, grande amigo do Edmundo Bittencourt, mas atraído, até com entusiasmo e esperança, pela linha de então do jornal, em contraste com a passividade e covardia das outras folhas, denunciador das falcatruas e negociatas dos poderosos, crítico mordaz dos políticos corruptos ; logo depois,já neste ano de 1906, me decepcionei , me desiludi, por perceber que no fundo não era muito diferente dos outros, veja o exemplo de sua atitude com o Azevedo, convenci-me da inutilidade do esforço de procurar o caminho da imprensa burguesa.... mas o fato é que exatamente em 28 abril iniciei uma série de reportagens, sem assinatura – atitude de cautela,para não correr riscos : tocaria em certas,até então, ‘verdades históricas’ – com o título “Os subterrâneos do morro do Castelo”, que se deram a público até 3 junho; se o senhor as conheceu deve ter notado que intencionalmente dei um tom romanceado, o título original é quilométrico, nem vou aqui lhe dizer.

--.ah, sim, recordo-me que provocaram grande repercussão na época, eu me interessei muito, gostei mesmo e lhe parabenizo pelo ótimo trabalho. o Veríssimo elogiava muito seus textos, sempre que nos encontrávamos lá na livraria.

-- obrigado, senhor. não sabia dos comentários do Veríssimo, nem que ele tenha escrito algo a respeito. mas ,e isso para mim é importante, desconheço que o senhor o saiba, nesse mesmo ano de 1905 comecei a escrever meu primeiro romance, que concebo ‘a clef’ , e imagino talvez venha a ser bastante revelador, bastante impactante . a propósito, tenho aqui comigo o prefácio que vou levar mais tarde para o Noronha [Antonio Noronha Santos]...mas deixe-me confidenciar-lhe algo : penso em criar romances desde antes até no esboço nos “Subterrâneos...”, em fevereiro 1904 publiquei um texto,informando ser “capítulo de romance inédito”, em A Lanterna, com o título de “Chez Madame da Costa”...

Ativo a memória para registrar que José Veríssimo estampou uma referência, amável, quando do terceiro número da Floreal -- revista criada por Lima em 1907,realizando o intento comentado com Machado, após demitir-se,em junho, da Fon-Fon,de Mario Pederneiras, onde começara a colaborar em abril, levado pelo “insuportável desagrado,humilhante para meu orgulho, com a atitude de superioridade para comigo dos donos da revista – e que só vingou por quatro números, de 25 outubro a 31 dezembro -- em sua coluna do Jornal do Commercio, em dezembro 1907 -- de que parte Lima transcreveria no prefácio da 2ª. edição do romance Recordações do escrivão Isaias Caminha, de 1917:"Ai de mim, se fosse a 'revistar' aqui quanta revistinha por aí aparece com presunção de literária, artística e científica.Não teria mãos a medir e descontentaria a quase todos; pois a máxima parte delas me parecem sem o menor valor, por qualquer lado que as encaremos. Abro uma justa exceção, que não desejo fique como precedente, para uma magra brochurazinha que com o nome esperançoso de Floreal veio ultimamente a público, e onde li um artigo "Spencerismo e Anarquia", do Senhor M. Ribeiro de Almeida, e o começo de uma novela Recordações do Escrivão Isaías Caminha, pelo Senhor Lima Barreto, nos quais creio descobrir alguma cousa. E escritos com uma simplicidade e sobriedade, e já tal qual sentimento de estilo que corroboram essa impressão."

A Floreal, embora efêmera, de certo modo marcou presença no panorama jornalístico e mesmo literário de então, no que contrastava com o espírito da época e em especial tornava pública, de forma expressa, o pensamento,concepção e postura de Lima com relação à literatura e sua “missão” . O artigo de apresentação – cujo teor e essência estariam também no texto “Amplius” que abre a coletânea de contos Histórias e sonhos, em 1920 (a única publicada em vida por Lima) -- representava,com efeito, uma espécie de ‘profissão de fé’ de escritor: “(...) a grandeza da literatura não reside em ‘rutilantes crônicas duvidosamente impressionistas ou no desenvolvimento em contos de anedotas das folhinhas Laemmert(...)”.

Antonio Noronha Santos,jornalista,escritor,veio a se tornar melhor e maior amigo de Lima : conheceram-se em 1903, no Café Java, ponto predileto dos estudantes da Politécnica, localizada em frente, no largo de São Francisco, a sólida amizade se formando em vários encontros subseqüentes, nas mesas da Americana ou do Jeremias, na Avenida Central – sabemos o quanto de separação, e mesmo ‘rivalidade’, existia entre os grupos de literatos freqüentadores dos bares e cafés, o de Bastos Tigre, Domingos Ribeiro Filho,Noronha Santos,Curvelo de Mendonça, Fabio Luz,Lima Barreto no Java, na Americana, no Jeremias, ou no Café Papagaio – neles inclusive foram feitos os planos para o lançamento da Floreal – opondo-se ao de Olavo Bilac, Elisio de Carvalho, Coelho Neto, Medeiros e Albuquerque,e outros a que os primeiros denominavam “nefelibatas”(e assentando mais ainda sua rejeição ao grupo liderado justamente por Machado de Assis, que freqüentava a Garnier e dominava a Academia). Em fevereiro 1909 Noronha viajaria a Lisboa para entregar os originais do romance de Lima ao editor português A.M. Teixeira , que os publicaria em livro no mês de dezembro. Lima, no entanto, começara a publicar em folhetins na Floreal. Em fins desse ano, Noronha Santos edita com Lima um panfleto contra a candidatura de Hermes da Fonseca à presidência da República, intitulado O Papão, “semanário dos bastidores da política, das artes e...das candidaturas”,anunciado em boletins distribuídos nas ruas centrais da cidade : circulou apenas uma vez.. Hermes da Fonseca, como se sabe, foi um dos alvos capitais de - mais do que críticas - verdadeira repulsa por parte de Lima,sob o forte sentimento antimilitarista desde a juventude, exposta em crônicas e vários contos, em especial, sob simulacros e alegorias, nos célebres “contos argelinos”,que Lima publicou entre 1915 e 1922.

-- ora, uma surpresa, e uma deferência , agradeço muito pela gentileza da confiança em me revelar seu projeto, que vejo ser genuíno de sua parte, em me dar a conhecer tanto o fato com relação ao romance,que diz vir a ser “a clef” como das tentativas anteriores.

-- não quero nem vou fazê-lo, abandonar o jornalismo, mas faço-lhe aqui uma revelação: vou ser escritor, sim: tenho grandes ambições, aspiro à ‘glória literária’, sim. alguns contos já estão prontos, inclusive há cerca de dois anos escrevi um para o qual dedico especiais atenção e carinho , até mesmo para torna-lo um dia uma novela : tem o título com o nome da protagonista, “Clara dos Anjos”, que para mim simboliza, emblematiza a mulher brasileira, não a mulher rica, burguesa, ‘republicana’, fútil, fugaz, mas a moça humilde, pobre, mestiça e, no conto, iludida, traída, manipulada sentimentalmente pelo homem, deflorada por um pseudo noivo que lhe aparecera para turvar seus sonhos de amor...essa mulher,para mim a verdadeira brasileira, é motivo de dois outros contos, “Um especialista”, também de 1904 , aliás ano de seu esplêndido Esaú e Jacó, não imagina como admiro esse romance, pelo que ,permita-me, coloca a República em seus devidos termos, e “O filho da Gabriela”, que acabei de escrever: nenhum deles publicado ainda...

-- pois então o senhor também se incorpora, permita-me dizê-lo, à preocupação, a rigor ‘dedicação’, com a mulher, à defesa intransigente de seus direitos, afetivos, conjugais, sociais, culturais. temos muito a dialogar sobre tão relevante tema.

-- além da mulher, a que se refere, permita-me dizer-lhe que temos outros dois temas principais em comum, digamos; deles fizemos, tanto eu como o senhor, clave para crônicas e contos : a política e a escravidão – desde 1900,eu ainda estudante na Politécnica, passava a maior parte do tempo na biblioteca lendo filosofia e em especial Condorcet e sua Reflexions sur l’esclavage des nègres, que me inspirou acalentar o ideal de escrever uma “História da escravidão negra no Brasil”.na verdade, tenho idéias em profusão para muitos contos, assim como para romances. e um dia candidato-me à Academia, de sua idealização,criação e que o senhor preside desde sempre e ad eternum, ao que parece...

-- terei redobrado prazer em ouvi-lo, caro senhor Barreto, redobrado agora por sabê-lo tão afável e receptivo ao diálogo : tinha o senhor como pessoa de trato difícil, amargo e irrascível. mas no momento tenho de me despedir pois compromissos inadiáveis me esperam. sugiro, proponho nos reencontremos...

--- ... em data,hora e local que o senhor, prezado Assis, sugerir. o prazer será todo meu.

(........)



[1] Francisco Braga (Rio de Janeiro, 1868 – 1945), músico, maestro e professor , logo destacou-se por seu talento, pelo que o governo republicano concedeu-lhe uma bolsa de estudos no exterior : em 1890, obtém o primeiro lugar no concurso para admissão ao Conservatório de Paris, tornando-se aluno de Massenet; viveu por dez anos na Europa, fixando residência em Dresden.Como compositor abordou todos os gêneros musicais, da ópera à música de câmara, da música orquestral à música instrumental e vocal, da música sacra à banda e à musica de caráter popular.Escreveu mais de 30 canções, nem todas de cunho erudito – todas marcadas por acentuado teor de nacionalismo, então emergente na seara musical. O Teatro Municipal do Rio de Janeiro foi inaugurado em 1909 com sua composição “Insônia”, com orquestra sinfônica regida por ele ; foi também o compositor do "Hino à Bandeira”.

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