ao que eu saiba -- no universo de estudiosos machadianos, uma 'confraria' onde tudo se sabe ou percebe...-- não tinham sido coligidos nem catalogados , daí a meu juízo inteiramente desconhecidos.
[para ilustrar :
1. a crônica,de sugestivo e provocativo título "A odisséia econômica do sr. ministro da Fazenda", foi publicada em O Parahyba, jornal que raros, inclusive estudiosos e pesquisadores da imprensa brasileira, conhecem, ou conferiram a devida atenção : O Parahyba, de Petrópolis, foi tão importante que nem os grandes jornais da época tratavam de temas que ele encampou, como educação pública, situação da mulher, questão fundiária,colonização, além de veicular muita literatura, inclusive com textos inéditos. .
2. poucos iriam imaginar Machado escrevendo editorial, como o fez neste no Diário do Rio de Janeiro, 1866, ainda mais de cunho político (ainda existe muito por aí a pecha, absurda, de Machado alienado politicamente, etc : identifiquei, levantei, mapeei, organizei as 385 crônicas, 55% do total, que publicou tratando de política- para desmistificar tal equívoco crasso).
3.a falta de atenção de pesquisadores também manifestou-se no caso do conto -- "Um parêntese na vida", em O Futuro 1863, que apareceu assinado por um tal S., claro que mais um embustes e artimanhas machadianas --um 'embrião' (inacabado)do que seria "Felicidade pelo casamento", publicado no Jornal das Famílias, 1866: aponho no livro os parágrafos absolutamente idênticos de um e de outro.
4.do mesmo, entre pesquisadores da imprensa brasileira e entre estudiosos de Machado 'passou ao largo' o jornal A Instrução Pública, exemplo de uma imprensa pedagógica dos anos 1870, de enfoque e conteúdo educacional, e mais ainda desconfiarem (os pesquisadores) de Machado traduzir (por encomenda, como muitas das traduções que fez) uma série de conferências científicas(quem iria imaginar ?!...) ,do então iminente dr. T. Gallard, feitas na Sorbonne,em 1867, "Notions d; Hygiène des Instituteurs Primaires "/ "Higiene para uso dos mestres-escolas"; e no mesmo jornal,em 1872, não se atentar para a tradução de Machado para o canto XXV de "Inferno", de Dante, em cuja publicação em livro não aparecem uma introdução e um prólogo, além de trechos do poema diferentes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário